Em entrevista ao repórter Kleber Pizzamiglio, da NSC TV, Luiz e Mauriane Conte deram mais detalhes do sufoco que passaram na última quarta-feira, em Tortola, capital das Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe. O casal que se conheceu em Joinville e percorre os mares do mundo a bordo de um veleiro disse que a situação na região é bastante complicada, com muitas pessoas sem roupas, comida e remédios por causa da devastação provocada pelo furacão Irma.
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— A gente são sabe o que fazer. A gente não tem o que fazer. A gente não sabe o que fazer amanhã. Não tem rumo — destacou Mauriane, em conversa realizada pela internet, neste domingo.
O casal está em Porto Rico e deve retornar a Tortola nesta segunda-feira juntamente com uma flotilha de barcos. O objetivo é dar assistência aos moradores da ilha.
— A gente sabia que a situação era complicada e que tudo o que estava solto no chão ia voar. E foi isso que aconteceu. Nós só sentíamos pedaços de árvores, de troncos, batendo na nossa janela. Nos chegamos a duvidar que a nossa casa ia agüentar — reforçou Mauriane.
Segundo Luiz, o drama de enfrentar um furacão de categoria 5, a mais elevada na escala de medições, durou quase uma hora. A perda mais significativa para o casal foi, sem dúvida, a do veleiro Cascalho, que era usado por eles para trabalhar e percorrer diferentes lugares do mundo. Comprado a cerca de cinco anos, o barco estava bem amarrado e seguro em um píer, mas acabou naufragando depois que outra embarcação foi arremessada sobre ele pela força dos ventos. Pouca coisa sobrou.
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— Eu não consigo ficar parado. Eu disse pra Mau (Mauriane): Vamos comprar roupa, calçado e luva e vamos ajudar aquele povo. Vamos ajudar a reconstruir a ilha. É isso que eu quero _ completou Luiz.