– Tem de ter muito amor, muita paciência, muito trabalho. Enfrentar os momentos bons e ruins. E viver a vida. Esta é a receita de Gicondino Vieira, o Noquinha, de 94 anos, e de dona Erondina Reginaldo Vieira, de 88, para o casamento que completa 70 anos no dia 26 de outubro. O casal, que mora há 40 anos em Joinville, comemora bodas de vinho cercado de parentes e amigos da comunidade Santa Rita de Cássia, no bairro João Costa, na zona Sul de Joinville. Ao todo, são oito filhos, 18 netos, 17 bisnetos e um tataraneto. Nem todo mundo conseguirá participar da festa marcada para a manhã do domingo, na capela da comunidade.

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Lúcidos, os dois têm uma relação que é modelo para os moradores do bairro e familiares.

– São os primeiros a chegar na missa todas as quintas e todos os domingos. E de mãos dadas – diz a filha Silvânia, a mais nova de oito irmãos. Ela divide o tempo entre o trabalho na frutaria da família e os cuidados com o casal.

O casal se conheceu em um baile. Ele tinha 23 anos. Ela, 18.

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– Logo nos casamos. Ele tinha pressa – diz Erondina. Ela nasceu em Leoberto Leal, um pequeno município cercado de morros, colinas, cachoeiras, grutas e trilhas, entre Ituporanga e Rancho Queimado. Ele nasceu no município vizinho de Alfredo Wagner.

Os dois moraram a maior parte da vida na roça, em sítios. Chegaram a Joinville há 40 anos e tiveram uma vida dedicada a cuidar dos filhos, dos netos e a participar da comunidade. As manifestações de carinho estão presentes o tempo todo na rotina do casal. O bom humor, a franqueza e até uma ou outra palavra atravessada também.

Erondina acorda cedo para fazer o café do marido. E leva a xícara e os biscoitos na cama. Os dois se beijam, se abraçam e fazem questão de sentar um ao lado do outro. Durante a entrevista, dona Erondina é mais falante.

– Fica quieto agora. Deixa eu responder – diz a mulher, em tom imperativo, rindo. Ao que o marido responde com uma piada e uma gargalhada.

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No próximo domingo, os integrantes da comunidade Santa Rita de Cássia vão fazer um café e uma cerimônia especial para os dois. Há a expectativa de que eles dancem a música preferida de seu Noquinha: Rosa Branca, uma valsa cantada pelo grupo Os Fazendeiros e que é bastante conhecida no meio rural de Santa Catarina.

As bodas

1 ano – bodas de papel

2 anos – bodas de algodão

3 anos – bodas de trigo ou couro

4 anos – flores e frutas ou cera

5 anos – madeira ou ferro

6 anos – perfume ou açúcar

7 anos – latão ou lã

8 anos – papoula ou barro

9 anos – cerâmica ou vime

10 anos – estanho ou zinco

11 anos – aço

12 anos – seda ou ônix

13 anos – linho ou renda

14 anos – marfim

15 anos – cristal

16 anos – safira ou turmalina

17 anos – rosa

18 anos – turquesa

19 anos – cretone ou água marinha

20 anos – porcelana

21 anos – zircão

22 anos – louça

23 anos – palha

24 anos – opala

25 anos – prata

26 anos – alexandrita

27 anos – crisopázio

28 anos – hematita

29 anos – erva

30 anos – pérola

31 anos – nácar

32 anos – pinho

33 anos – crizo

34 anos – oliveira

35 anos – coral

36 anos – cedro

37 anos – aventurina

38 anos – carvalho

39 anos – mármore

40 anos – esmeralda

45 anos – rubi

50 anos – ouro

55 anos – ametista

60 anos – diamante

65 anos – platina

70 anos – vinho

75 anos – brilhante ou alabastro

80 anos – nogueira ou carvalho

85 anos – girassol

90 anos – álamo

100 anos – jequitibá