Melhor qualidade de vida ao filho Vítor Braga, de 12 anos. Hoje é este o principal objetivo que move o casal Leila Ivone Porrua Braga, 38 anos, e Luciano Braga, 40, de Joinville. A dramática corrida deles começou no fim do ano passado.

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Até o dia 27 de dezembro de 2015, Vítor levava uma rotina comum aos meninos de sua idade: ir para a escola, cumprir as tarefas e se divertir com os colegas. A família passava férias em São Francisco do Sul quando, no começo da tarde daquele dia, o garoto sentiu uma indisposição, com febre e dores pelo corpo. Os pais, então, levaram a uma unidade médica na cidade do Litoral Norte, onde foi diagnosticado que ele estaria com amigdalite.

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Passado algum tempo, os sintomas não desapareciam. Então o casal voltou para Joinville, para levar o filho a um hospital particular. Após exames, veio um diagnóstico que caiu como um meteoro na vida da família: o garoto havia contraído meningite meningocócica, doença com alto grau de letalidade ou que deixa profundas sequelas.

Em coma, Vítor foi encaminhado ao Hospital Infantil para tratamento intensivo. Começava ali uma batalha para salvar sua vida. Leila e Luciano salientam que em todos os locais por onde passaram, foram bem atendidos, sendo adotados todos os procedimentos possíveis.

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– No Hospital Infantil, principalmente, o atendimento se compara ao dos hospitais particulares. Quando chegamos, logo se formou uma equipe de médicos e enfermeiros para atender o nosso filho – elogia Luciano.

Para não esmorecer, o casal busca forças na fé em Deus e na solidariedade dos amigos.

– Sempre tivemos fé e estivemos rodeados dos amigos, o que nos dá força para lutar – conta Leila.

Mesmo assim, enquanto Vítor esteve internado, os dias eram angustiantes para a família que mora na zona Sul de Joinville. Até que um alento foi dado pelos médicos alguns dias após a internação: apesar das complicações, Vítor havia apresentado uma boa melhora e, naquele momento, o risco de morte era quase nulo, uma vitória para o pequeno guerreiro. Mas ainda assim, o quadro clínico era delicado.

Novos desafios para a família

Apesar do certo alívio que a notícia trouxe, a história de luta da família Braga ainda reservava um capítulo dramático. Duas semanas após Vítor estar internado, e diante das complicações que apareceram na saúde do menino, médicos diagnosticaram que, para salvá-lo, seria necessário amputar as pernas e três dedos da mão esquerda – mais tarde, com uma piora no quadro, foi necessário amputar, mesmo que parcialmente, quase todos os dedos.

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Após mais algum tempo internado, Vítor teve alta e voltou para casa. Para poder dedicar atenção integral ao filho, Leila deixou o emprego de recepcionista em uma clínica, o que fez o orçamento da família diminuir. Mas isso não tirou o ânimo da mãe, que afirma que “nossa corrida, agora, é para garantir um pouco mais de qualidade de vida ao nosso filho”.

O casal, agora, luta para conseguir, futuramente, comprar as próteses para Vítor, para que ele tenha mais autonomia. Primeiro, a família precisa esperar a total cicatrização das marcas deixadas pelas amputações para saber o modelo ideal para o menino. Mas como o custo é alto para a compra, entre R$ 23 mil e R$ 27 mil cada prótese – fora as manutenções semestrais -, o casal se antecipa e, com a ajuda dos amigos e da comunidade, promove ações para arrecadar dinheiro para essa finalidade.

Uma dessas ações ocorrerá no sábado, dia 11: um jantar romântico para casais promovido pela Comunidade Católica de Aliança Casais Adoradores e que será realizado na comunidade São Paulo Apóstolo, no bairro João Costa, com animação do conjunto Anjos da Vanera. O evento começará após a missa, que tem início às 18h30. O ingresso para casal custa R$ 100, com direito ao jantar e ao baile – bebidas serão cobradas à parte. Mais informações podem ser obtidas nos telefones 9925-1815 e 8486-9658. A renda será revertida ao menino Vítor.