O casal de cuidadores acusado de matar um bebê de apenas três meses em julho de 2022, na cidade de Caçador, Meio-Oeste catarinense, será levado a júri popular nesta quarta-feira (9). O caso teve uma grande repercussão pela forma que o bebê foi morto, sofrendo um traumatismo cranioencefálico (TCE).
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De acordo com a investigação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), um homem, que na época tinha 21 anos, teria cometido diversas agressões porque a criança não parava de chorar. Ele era companheiro da ré, que tinha 20 anos, e que havia sido contratada como babá. Por não estar em casa no momento do crime, foi considerado que a babá se omitiu do serviço que foi contratada a prestar.
O crime ocorreu na residência dos acusados e o homicídio é considerado qualificado pelo motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por ser praticado contra menor de 14 anos.
Relembre o caso
No dia 18 de julho de 2022, o bebê de três meses foi levado ao hospital Maicé, em Caçador, pela suposta agressora, em estado grave. Ele teve uma parada cardiorrespiratória e apresentava lesões no cérebro, nas costas, na face e em outras partes do corpo.
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A suspeita sobre os cuidadores foi apontada após o laudo pericial médico constatar lesões graves no bebê, como ferimentos na face, cabeça, costas e nádegas. Também foram identificados indícios da prática de “shaken baby”, quando um adulto chacoalha uma criança de forma agressiva.
O bebê chegou a ser encaminhado à emergência e ficou internado em um leito de UTI em Florianópolis, mas não resistiu.
Na época do crime, a mãe, venezuelana, contou à Polícia Civil que estava deixando a criança com o casal de cuidadores para poder trabalhar fora. Ela foi avisada pela própria cuidadora que o filho estava no hospital de Caçador e acompanhou os últimos momentos de vida dele em Florianópolis.
O casal foi detido em flagrante no dia das agressões e teve a prisão preventiva decretada no dia em que o bebê morreu.
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O acusado foi encaminhado ao Presídio Regional de Caçador e ela ao Presídio Feminino de Chapecó, onde aguardam pelo julgamento.
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