Para os sobrinhos de Emílio Fernandes, que moram ao lado da casa onde uma menina rescém-nascida foi abandonada em Campo Alegre, o episódio revela uma contradição. Há dois anos, Daniele da Cruz e Carlos Augusto Fernandes estão tentando, sem sucesso, ter o primeiro filho.

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– Infelizmente, quem quer muito ter um filho, como a gente, não consegue, e um casal que recebe a graça de ter bebê faz uma barbaridade dessas com a criança – dizia Carlos.

O casal confessa, que por um momento, desejou que o bebê tivesse sido abandonado na varanda da casa deles.

– Não tinha como a gente ficar com a criança sem documentos, não íamos passar por cima da lei – afirma Carlos.

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Mas a esperança do casal era de que o juiz se sensibilizasse e deixasse eles ficarem com o bebê. De qualquer forma, o casal pretende procurar a Justiça para tentar adotar a menina.

– Se for possível, gostaríamos de ficar com ela – diz Daniele, que não chegou a ver o bebê, mas de alguma forma sente que tem um vínculo com a criança.

Segundo ela, o ocorrido só aumentou ainda mais o desejo de ser mãe, e fez o casal pensar com mais seriedade na possibilidade de partir para a adoção, desta ou de outra criança. ??

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Os nomes dos pais da criança não serão divulgados nesta reportagem para preservar a identidade do bebê.