O vendedor Evelito Strapasson, 30 anos, passava na rua onde morava sua sogra, em Gaspar, quando Esteve Oje, 43 anos, pediu um favor: que tirasse uma foto dele. Era janeiro de 2014 e o primeiro dia do haitiano na cidade. Ele não fazia ideia que, depois de alguns meses, Evelito e a família se tornariam amigos dele, assim como de outros imigrantes.

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– Eles não tinham profissão, estavam longe do seu país, não falavam nossa língua e prezavam muito pelo estudo – conta Evelito sobre os motivos que o sensibilizaram a ajudar o grupo de imigrantes.

A aproximação começou quando Evelito visitou a casa onde Esteve morava com outros 11 haitianos. Desde então, o vendedor e a esposa Bruna ajudam como podem. Doaram móveis que não usavam mais, colchões, roupas e indicam vagas de trabalho. Em agosto deste ano, levaram ao hospital uma mulher do grupo que estava prestes a dar à luz.

Nos finais de semana, Bruna cuida do sobrinho pequeno de Esteve. O haitiano, que deixou seis filhos e a profissão de professor em seu país de origem, hoje comemora o trabalho de operador de máquinas, obtido com a ajuda do amigo Evelito.

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– Tem gente que sai do país para ajudar, então é uma alegria fazer isso na minha cidade – diz o vendedor.

Em julho deste ano, com o apoio do pastor da igreja que frequenta, Evelito conseguiu uma professora para ministrar aulas de português para o grupo todos os domingos. Cerca de 27 haitianos, incluindo Esteve, já frequentaram as classes.

Para ajudar: Bruna (47) 3332-8103 ou 9753-8651