Quando a dona Ilze Schmalz, 92 anos, viu pela primeira vez o seu Herbert, 98 anos, passar de bicicleta em frente à casa dela, parou e pensou: “que rapaz bonito”. Mas não imaginou que, num período de dois anos, ela não apenas conheceria ele como também casaria e alcançaria a incrível marca de 75 anos de união.

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De lá para cá, muita coisa aconteceu. Na casa onde moram, em Pirabeiraba, recordações e pequenos detalhes demonstram muita história em comum. História de vida que será comemorada neste sábado em uma festa, com amigos e familiares.

A doçura na troca de olhares entre dona Ilze e seu Herbert dá uma boa ideia de como o casamento deles ultrapassou sete décadas: eles se amam intensamente. Um amor compartilhado com os quatro filhos, sete netos e sete bisnetos.

O simples gesto de dona Ilze em arrumar a gola da camisa de seu Herbert, demonstra a atenção que ela ainda dispensa a ele e também a cumplicidade que os dois conquistaram ao longo de todos estes anos.

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– Ele sempre pede toda a noite a Deus para que a gente continue junto -, conta dona Ilze.

A longevidade no casamento é uma tradição de família. Os pais de seu Herbert permaneceram juntos por 70 anos.

– Tem gente que fica mais velho do que eu, mas não junto -, diz seu Herbert, com bom humor.

O segredo para uma relação duradoura como essa? Entre risos, dona Ilse diz que o amor é fundamental, assim como a paciência, e dá uma dica: nunca dormir brigado.

– A gente discutia de dia e fazia as pazes à noite.

Ao serem questionados sobre o que um significa para o outro, a resposta é uma só:

– Ele (ela) é tudo para mim -, dizem prontamente.