Enquanto Brasil e Alemanha se enfrentam no gramado do Mineirão, em Belo Horizonte, a rivalidade respinga em Joinville. O casal de arqueiros Klaus Ammon, 68 anos, e Carmen Schmidt, 57, vai ficar dividido por um objetivo na tarde desta terça-feira: a vaga para a final da Copa do Mundo no Brasil. Ela, brasileira, natural de Joinville, cutuca o marido, alemão, e diz acreditar em uma vitória da Seleção Canarinho.

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– Vai ser muito difícil, mas vou torcer como nunca para o Brasil ganhar. Vai ser um confronto emocional interessante. De um lado, toda a frieza e profissionalismo alemão. Do outro, a emoção à flor da pele dos brasileiros – destaca a instrutora de arco e flecha.

Já Klaus, que ainda tem engasgada na garganta a derrota na final da Copa do Mundo de 2002, tem sede de revanche. Para ele, a seleção da Alemanha vai mais preparada para este jogo do que há 12 anos.

– Eles estão apresentando um grande futebol. Temos um especialista para cada função e juntos eles jogam muito bem, têm entrosamento – alerta o alemão.

Desta vez fora de seu país de origem, ele conta com um reforço de peso para não se sentir como um peixe fora da água no Brasil. O filho Florian Ammon pegou três meses de férias para conhecer Joinville e matar um pouco das saudades que sente do pai. No segundo dia na cidade, ele aproveita para praticar o português, praticar arco e flecha e demonstrar um otimismo pouco comum em um momento como este.

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– Vou de 2 a 0. Thomas Müller e Podolski vão marcar os gols e a Alemanha vai se classificar com facilidade às finais da Copa do Mundo – opina.

O casal vai assistir ao jogo em casa. Ela com a pipoca e o refrigerante de guaraná que não podem faltar, e ele com uma boa cerveja empunhada em mãos. Após o resultado, os arqueiros pretendem reunir amigos e alunos no galpão do Centro de Treinamento de Arco Tradicional, na zona Norte da cidade, para celebrar ou lamentar o resultado do grande duelo.