A Casa do Adalto, entidade que presta assistência de forma voluntária a crianças e adolescentes com doenças hematológicas ou oncológicas e suas famílias, perdeu a parceria com a ONG que colaborava na manutenção de sua sede.

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Desde abril, a associação depende de doações para pagar o aluguel da casa de apoio, localizada no bairro Costa e Silva, zona Norte de Joinville, e que atualmente custa R$ 4.885.

O contrato com o Fundo de Assistência à Criança (FAC), que a entidade joinvilense mantinha desde 2008, foi encerrado em março. Com isso, o valor integral necessário para a casa de apoio continuar suas atividades está dependendo da ajuda de voluntários.

A Casa do Adalto foi fundada em 2003, a partir da experiência de Noeli Teresinha Chagas, que havia se dedicado à luta contra o câncer do filho, Adalto, com viagens frequentes a Curitiba para tratamento no Hospital Pequeno Príncipe. Da mesma forma que pôde contar com uma casa de apoio na capital paranaense, ela decidiu fundar um local em Joinville onde os jovens pacientes com câncer pudessem ficar abrigados durante o tratamento com os parentes que os acompanham.

Além de oferecer o serviço de hotelaria (que é totalmente gratuito e hoje aceita também pacientes adultos), a Casa do Adalto ainda atua no apoio à estrutura das famílias dos pacientes, fornece cestas de alimentos com leite e outros produtos importantes para a terapia nutricional das crianças e adolescentes com câncer e ajuda no encaminhamento para outros médicos, em consultas fora do hospital.

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O valor do aluguel, que representa metade do custo total para manutenção da entidade, era pago com o apoio do FAC. No entanto, a ONG, que tem atuação nacional, encerrou contrato com todas as 19 casas de apoio para as quais oferecia ajuda de custo no início deste ano.

A decisão ocorreu após deliberação da diretoria, que viu a arrecadação diminuir e precisou escolher os serviços que continuará a manter. Além do repasse às casas de apoio, os recursos captados pelo FAC também são usados para a manutenção de uma clínica localizada em São Paulo que oferece atendimento gratuito e multidisciplinar a crianças e adolescentes com câncer.

Optar pelas casas de apoio significaria encerrar atendimentos como enfermagem, farmácia, nutrição e odontologia, coleta de exames e ultrassom e tratamento com quimioterapia. Segundo o diretor-geral do Fundo de Assistência à Criança, Alexandre Ferreira, atualmente a capacidade da clínica é de 90 pacientes, e a queda nas doações também põe em risco a continuidade deste trabalho.

À procura de parceiros

Na Casa do Adalto, o momento é de receio com a possibilidade de encerrar as atividades. Se, com o aluguel pago pela ONG, a situação não era ideal, agora parece que continuar ficará muito mais difícil.

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— O custo total hoje é de R$ 8.500, mas há necessidade de fazer mais. Precisamos de mais funcionários, porque hoje contamos apenas com uma cozinheira, quando também precisamos de motorista para levar os pacientes; de um responsável por serviços gerais para os reparos na casa — afirma Noeli, que coordena as atividades ao lado da filha, Fabíola.

Por enquanto, elas procuram outros parceiros e fazem apelos por doações. Um pedágio ocorreu no último sábado e um novo evento está sendo organizado. A Casa do Adalto, assim como o Fundo de Assistência à Criança, depende exclusivamente de doações e não possui convênio com nenhum órgão público.

Como ajudar

Doações: Banco do Brasil

Ag. 3543-2

C.C. 18.160-9

CNPJ 05.642.552/0001-17

Como ser voluntário:

Contato com Noeli de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12 horas e das 13h30 às 18 horas, na sede da Casa do Adalto (rua Carlos Willy Boehm, 572, Costa e Silva).

Telefone: (047) 3438-1629.