Os produtores de carvão do Sul catarinense não irão participar do leilão de energia A-5 marcado para esta sexta-feira. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan, o motivo é o preço-teto estipulado pelo ministério, que ficou abaixo do necessário para viabilizar os projetos das termelétricas. Os projetos do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro também não participarão.

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– Houve um grande esforço dos governos para viabilizar a participação do carvão, mas o preço-teto de R$ 140 por megawatt-hora (MWh) inviabiliza a disputa – disse.

De acordo com Zancan, o preço mínimo para que os projetos de carvão entrassem na disputa teria de ser R$ 180 por megawatt-hora (MWh). Nesta quinta-feira, a Frente Parlamentar do Carvão Mineral, liderada pelo deputado federal Afonso Hamm (PP-RS), entregou junto com a ABCM uma carta à Secretaria Execeutiva do Ministério de Minas e Energia pedindo uma revisão técnica e a realização de um leilão regional ou por fonte de energia em 2014. Segundo Zancan, o setor irá aguardar, agora, pelo realização do nova disputa no primeiro trimestre de 2014.

No último dia 4, a Empresa de Pesquisa Energética divulgou três estados habilitados para concorrer ao leilão na categoria termelétrica a carvão, com ao todo quatro projetos. Além de Santa Catarina, o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul ofereciam propostas com a fonte de energia – sendo que o RS tinha dois projetos aprovados.

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