O cartunista Glauco Villas Boas, de 53 anos, morreu na madrugada de hoje após ser baleado durante uma suposta tentativa de assalto na Estrada Alpina, no bairro Jardim Santa Fé, em Osasco, na Grande São Paulo. Raoni, 25, um dos filhos do cartunista, também morreu após discussão com os dois homens armados que invadiram a casa da família.

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Segundo reportagem do site do jornal Folha de S. Paulo, no qual o cartunista publicava tiras regularmente, o advogado de Glauco, Ricardo Handro, relatou que dois homens invadiram a residência por volta da meia-noite. O cartunista e a mulher teriam sido agredidos diversas vezes. Depois de uma negociação, Glauco teria convencido os bandidos a levá-lo, aparentemente, para sacar dinheiro.

O filho do cartunista chegou no momento que os bandidos saíam com Glauco da casa. Depois de uma discussão, os assaltantes atiraram no pai e no filho e fugiram. De acordo com o Hospital Albert Sabin, o cartunista deu entrada no pronto-socorro por volta da 0h30min e morreu cerca de meia hora depois.

Ainda de acordo com o advogado da família, os bandidos pareciam estar transtornados ou drogados. Ninguém foi preso até o final da manhã. O corpo do cartunista será velado na igreja Céu De Maria, na qual Glauco era líder, em Osasco, São Paulo.

Coincidentemente, a última tira do cartunista Glauco, publicada no jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira, faz menção ao uso de armas de fogo. No desenho, a personagem Dona Marta empunha uma espingarda contra a cabeça do chefe.

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Carreira

Paranaense, Glauco começou a carreira no começo dos anos 1970, publicando tiras no Diário da Manhã. Entre seus principais personagens estão Geraldão, Cacique Jaraguá, Nojinsk, Dona Marta, Zé do Apocalipse, Doy Jorge, Ficadinha, Netão e Edmar Bregman. Desde 1984, Glauco publicava tiras na Folha de S. Paulo.