Os carros sedã ainda são associados à linha clássica das montadoras, mas, de tradicional, restou apenas a consolidação no mercado. As fabricantes continuam apostando em versões mais esportivas para conquistar o público jovem, ao mesmo tempo em que lançam novos modelos inseridos na linha sedã, conhecida por cair no gosto dos mais velhos.

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Apesar dos veículos compactos serem a febre do setor, gerentes de concessionárias de Florianópolis afirmam que os modelos não perdem para a concorrência e devem permanecer no mercado por muito tempo.

O gerente comercial da Hai Toyota, André Reche, fala orgulhoso do Corolla, o sedã mais comercializado no Brasil. Por ter essa fama, as vendas se tornam maiores na comparação aos outros dois modelos do segmento que a marca possui.

Reche afirma que a concessionária vende, todo mês, uma média de 60 Corollas para a Grande Florianópolis. Para quem considera o carro “muito tiozão”, como diz o vendedor, a montadora lançou a versão XRS, além do Etios sedã, esportivo focado em clientes com menos de 35 anos.

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– Os sedãs são carros espaçosos, passam uma imponência. O cliente de sedã dificilmente volta para o hatch. Ele compra carros ainda mais caros – diz.

Algumas marcas têm fila de espera nas lojas

Com quatro modelos sedã disponíveis nas concessionárias, a Volkswagen planeja, para este ano, o relançamento do Santana, que saiu de linha há sete anos. O gerente comercial da Auto Capital, Álvaro da Silva, diz que os sedãs atraem motoristas com mais de 30 anos pelo estilo do carro e também pelo preço, que começa em R$ 34 mil nos modelos menos requintados.

Também com quatro opções no catálogo, a Ford apostou no sedã Fusion em 2013. O gerente comercial da Dimas, André Lobo, informa que há fila de espera para comprar o modelo repaginado, que será lançado neste mês, na Capital. Em janeiro, quando a loja recebeu as oito primeiras unidades do carro, uma semana foi suficiente para zerar o estoque.

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– Hoje, as pessoas mais velhas também buscam a linha esportiva. Os sedãs conquistaram um público maduro, que preza pelo espaço interno e acessórios.

O empresário Miguel João Gonçalves, 78 anos, que o diga. Há seis meses, ele comprou o Corolla Altis, top de linha da Toyota. A cada ano, um novo Corolla diferente é colocado na sua garagem.

Perguntado se pretende mudar de marca assim que completar um ano com o atual modelo, Gonçalves admitiu avaliar a possibilidade caso surgisse um concorrente à altura. Segundos depois, voltou atrás:

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– Tive muitos modelos, mas nada se compara ao Corolla. Ele é econômico, confortável e não dá problema algum – diz.