Um carro, usado como disfarce, por um grupo que arrombou e furtou R$ 60 mil em mercadorias de uma loja de surfe, em Palhoça, foi a peça chave para a localização de 70% dos produtos levados e a prisão de dois suspeitos. Uma denúncia anônima indicou o endereço onde o Nissan Sentra estava estacionado pelos autores do furto. O carro foi deixado madrugada de terça-feira em uma área residencial em São José, para despistar a polícia, após ter sido utilizado pelo grupo para o furto da loja em Palhoça, que pertence a um policial militar. O outro carro utilizado na ação foi um GM Astra.

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Ao receber a denúncia sobre o veículo, após o assalto, a Polícia Militar levantou os dados do Sentra e localizou o paradeiro do proprietário, no Bairro Serraria. As buscas também levaram a PM ao Astra utilizado pelos ladrões, que foi encontrado na casa de um dos suspeitos, o mentor do arrombamento.

De acordo com o dono da loja, Jeison Rodrigo da Silva, eles fizeram tudo errado:

– Furtaram a loja de um policial, usaram um carro em situação irregular. O mesmo veículo estava no nome de um deles. Em quatro horas, conseguimos recuperar a maioria das mercadorias e prender três dos quatro envolvidos – relatou.

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Um dos detidos, dono do Sentra, acabou sendo liberado.

Para vender e ostentar

Um dos presos, de 25 anos, confessou que planejava a ação desde o último sábado, quando teria ido até a loja verificar como era a porta e o que deveria usar para arrombá-la. Segundo o dono do estabelecimento, 64 óculos escuros e de marcas caras chegaram a ser levados, além de relógios, moletons e casacos que custam, em média, R$ 350. Ele afirma que os produtos são também objetos de desejo dos criminosos:

– Acredito que iriam vender boa parte, mas também já flagrei várias vezes suspeitos de crimes e envolvimento com tráfico de drogas, usando roupas de marca para sustentar uma imagem bacana e ostentar um poder aquisitivo que não possuem – disse Jeison.