Uma motorista de aplicativo de Florianópolis tenta reaver um carro que foi supostamente furtado de dentro de um pátio público no município, para onde havia sido levado após ser guinchado pela Polícia Militar. O caso é investigado pela Polícia Civil.
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O local, que abriga mais de 4 mil veículos, está sob responsabilidade do Consórcio Floripa Segura, que tem contrato com a prefeitura municipal para executar essa operação, conforme noticiaram o G1 SC e a NSC TV.
Rosangela Rezende Formaggio teve o veículo recolhido em novembro do ano passado, ao ter estacionado o carro com duas rodas sobre uma calçada, devido à via ser estreita, segundo a moradora. Desde então, ela juntava dinheiro para conseguir retirá-lo do local.
A retirada foi feita em 12 de abril, mas sem o consentimento de Rosangela. As taxas referentes ao guincho e à estadia no pátio, que somaram mais de R$ 8 mil, foram pagas a quase 300 quilômetros do local, em São José dos Pinhais, no Paraná. As despesas foram quitadas às 17h10 daquele dia, nove minutos antes do veículo ser levado.
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A pessoa que buscou o carro apresentou um documento com apenas parte dos dados parecidos aos de Rosangela, que diz acreditar que houve falsifcação.
O contrato da concessionária do pátio com a prefeitura prevê ainda que uma retirada só pode ser feita mediante a apresentação do comprovante original de recolhimento das tarifas devidas, o que não foi cumprido aparentemente, segundo a motorista.
Rosangela só se deu conta do furto ao ter recebido uma mensagem que contestava o pagamento do licenciamento do veículo. Ele havia sido quitado com um cartão em nome de uma pessoa que sequer havia autorizado a transação.
A motorista diz que, ao procurar o pátio, o diretor do local disse apenas que ela já estava com as despesas pagas caso achasse o veículo. Enquanto isso, Rosangela ainda tem pela frente mais 20 parcelas de R$ 700 do financiamento dele e aguarda uma resposta da polícia. Ela também vai alugar um carro para conseguir trabalhar.
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A Polícia Civil afirmou ter instaurado um inquérito para apurar o caso e que ainda ouviria testemunhas, além da própria motorista. A delegada responsável, Débora Mariani, afirmou não ter se deparado com ocorrência parecida na cidade até então.
Já a Polícia Militar disse que se exime da responsabilidade sobre os veículos apreendidos no pátio, mas que colabora para esclarecer o caso.
A prefeitura de Florianópolis, por sua vez, comunicou estar em contato com a concessionária do pátio para que o ocorrido seja investigado e a motorista seja indenizada pelo sumiço do carro, que deveria estar guardado pela empresa.
A empresa Consórcio Floripa Segura, por fim, não confirmou indenização até aqui e afirmou ainda apurar o suposto furto. “[O caso] encontra-se em procedimento de verificação da veracidade das informações e documentos recebidos inicialmente a fim de auxiliar as autoridades policiais e interessados na resolução desse conflito”, escreveu.
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