O carro do motorista que atropelou e matou duas ciclistas em outubro de 2021 passará por nova perícia neste mês de janeiro, 15 meses após o acidente. O pedido foi feito pela defesa do homem e foi acatado pelo Ministério Público catarinense no dia 10. A movimentação acontece pouco antes do acusado enfrentar o Tribunal do Júri, em março deste ano.

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Vídeo mostra momento em que carro atropela ciclistas em Joinville

Os advogados do motorista requererem o laudo pericial complementar com o objetivo de que sejam conferidas também as condições dos sistemas de freios, sistema de direção, dos airbags e da caixa de marchas do automóvel Kia Soul.

Na decisão, publicada em caráter de urgência, a promotoria citou que, apesar de não ser o momento processual oportuno, visto que o código processo penal já se encerrou, o MP entende que a nova diligência não importará prejuízo ao réu e que a perícia é pertinente e relevante para o deslinde do feito, além de haver acordo entre as partes para que a produção das provas seja executada.

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O prazo é de cinco dias para que os requisitos sejam apresentados. Depois disso, são mais 15 dias para que a Polícia Científica cumpra a perícia.

Relembre o caso

O motorista atropelou as mulheres em uma ciclofaixa da avenida Júpiter, no bairro Jardim Paraíso, por volta das 11 horas do dia 21 de outubro de 2021. Lindacir Rodrigues da Silva Morando, de 55 anos, morreu no local do acidente, já a jovem Thais Dias Gonçalves, de 25 anos, faleceu três dias depois no hospital. O motorista do Kia Soul fugiu após o atropelamento sem prestar socorro às vítimas, de acordo com a Polícia Militar.

Ele abandonou o carro na rua Alcides Paulete, mas foi encontrado e segurado por testemunhas. Uma viatura passava por perto e efetuou a prisão. À época, a PM ainda informou que o homem fez o teste do bafômetro, constatando que estava sob efeito de álcool no momento do acidente.

Ele foi preso, mas pagou fiança de R$ 10 mil e foi solto dois dias após o atropelamento. No dia 3 de novembro de 2021, o condutor foi denunciado pelo Ministério Público por duplo homicídio e, no dia seguinte, virou réu. O homem já tinha um mandado de prisão expedido ainda em outubro, mas estava foragido e só foi preso três meses após o acidente, na Bahia.

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