Uma das profissões mais prestigiadas e respeitadas da história, a Medicina nunca sai de moda, mas exige profissionais antenados aos avanços tecnológicos e em pesquisas recentes da área, além do ingresso em um curso líder em concorrência. A utilização de células-tronco, por exemplo, e o aumento da expectativa de vida da população impõem aos médicos desafios e lhes apresentam questionamentos de natureza ética. A graduação, que antes favorecia a formação do médico especialista, hoje tem se voltado para uma abordagem mais generalista e com foco na saúde da família, alavancada por investimentos governamentais.
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O professor do curso da Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb), Humberto Rebello Narciso, e o cirurgião plástico Dimitri Cardoso Dimatos, que além de atender em um consultório particular é médico da prefeitura de Florianópolis e voluntário no Hospital Universitário, ajudam a desenhar os traços mais marcantes de uma carreira na Medicina.
Assista ao depoimento do médico Dimitri Cardoso Dimatos
Opções de atuação
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Além de poder escolher de um leque diversificado de especializações, o profissional pode trabalhar com medicina particular e na saúde pública – em hospitais ou unidades de pronto atendimento, ou como médico da família. Existem ainda carreiras menos tradicionais, como as áreas da Medicina Esportiva e de pesquisa.
O que é mais gratificante
Ver a recuperação do paciente e garantir sua sobrevivência e sua qualidade de vida são os aspectos apontados como os mais gratificantes da profissão.
O que é mais difícil
Para o professor Humberto Rebello Narciso, não conseguir fazer com que o paciente se recupere e ficar com a sensação de que “poderia ter feito melhor” é o mais difícil para um médico. Dimitri Dimatos destaca a carga horária pesada como outro lado negativo da profissão.
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Do que precisa gostar
É importante se interessar pelo funcionamento do corpo humano e por buscar soluções para prevenir ou tratar doenças. Gostar de lidar com pessoas também é uma boa qualidade em um médico, mas existem opções para quem não deseja trabalhar diretamente com pacientes, como cargos que requerem mais atuação em laboratórios.
Disciplinas e tempo de duração
O curso tem duração de 12 semestres. No entanto, é preciso estudar mais dois anos como residente em um hospital e, em média, mais três anos para se especializar. No curso da Furb, os alunos alternam disciplinas mais teóricas, como Anatomia e Biologia Celular, com aulas práticas em unidades de saúde desde as primeiras fases. É um curso que exige muito estudo e dedicação.
Mercado de trabalho
O mercado em todo o país tem alta demanda de médicos. Cirurgia plástica, dermatologia e radiologia são apontadas como algumas das especializações em alta. Apesar de a remuneração para profissionais que atuam na saúde pública ter melhorado, ainda é considerada insatisfatória e inferior à alcançada por profissionais da rede privada.
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Salário inicial
O Sindicato de Médicos de Santa Catarina (Simesc) não estabelece um piso salarial para a categoria. A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) estipula um piso de R$ 10,4 mil por 20 horas semanais, que serve para orientar negociações, mas que raramente é seguido. Um médico com residência tem salário inicial de R$ 7,5 mil por 40 horas semanais na rede pública municipal de Florianópolis.