A situação de Moreira Franco no Planalto virou uma piada de mau gosto. O presidente da República Michel Temer recriou um ministério sem qualquer importância para garantir foro especial ao amigo enrolado. Com base na resposta do Supremo Tribunal Federal para a mesma manobra tentada pela ex-presidente Dilma em prol de Lula, um juiz derrubou a decisão, outro a manteve e um terceiro derrubou de novo.
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A palavra definitiva, claro, está nas mãos do STF. É uma situação, no entanto, que desmoraliza qualquer governo. Neste momento crucial para os rumos da economia, em que as comissões da Previdência e do Trabalho foram instaladas na Câmara, as atenções deveriam estar voltadas para o que realmente interessa ao país. Falando em piada, Edison Lobão (PMDB-BA) na presidência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado cercado de outros tantos citados na Lava-Jato já é um escárnio. Moreira e Lobão fazem parte do mesmo pacote.
Copiou?
Confirmado pelo PSD na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador Lasier Martins promete ser rigoroso na sabatina a Alexandre de Mores para o STF. Apesar de integrar um partido aliado ao governo, Lasier prepara perguntas sobre a acusação de que Moraes teria copiado trechos de uma obra de um autor espanhol em um de seus livros de direito.
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Deixa lá
O Planalto passou o pente-fino nos nomes indicados pelos partidos da base para a CCJ. Como considera que terá maioria para a aprovação de Alexandre de Moraes ao STF, deixou passar nomes de parlamentares menos afinados, mas que poderão ser fortes aliados na votação das reformas.
Trabalhista
Três deputados de Santa Catarina fazem parte da Comissão Especial da Reforma Trabalhista na Câmara: Celso Maldaner (PMDB) e Geovania de Sá (PSDB) são titulares, enquanto Carmen Zanotto (PPS) ficou na suplência. O projeto de Lei do Governo Federal prevê negociação direta entre o trabalhador e o patrão, flexibilizando a lei trabalhista, como trabalho remoto e a jornada de trabalho de até 12 horas diárias com limite mensal de 220 horas.