O pacote econômico do governo Temer é uma resposta às cobranças de parlamentares aliados e de lideranças empresariais. Diante da falta de reação da economia, deputados já andam resmungando pelos corredores da Câmara, criticando a falta de iniciativa da equipe econômica, que não havia lançado medidas de curto prazo. Iniciativas de fôlego, como o teto de gasto e a reforma da Previdência, têm efeito no humor dos mercados, mas a médio e longo prazo.

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O ano está fechando com cerca de 12 milhões de desempregados e a economia não reage. O problema é que a crise política continua servindo de entrave para a retomada dos investimentos no país. Os investidores estão retraídos desde 2014 e o que continua faltando ao país é estabilidade. Michel Temer lança um pacotinho, agora, para mostrar que o governo não está paralisado pelas ameaças da Lava-Jato.

Lenha na fogueira

A decisão do ministro Luiz Fux (STF) sobre as Medidas contra a Corrupção pegou de surpresa até o autor da ação, deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP). Ele questionou apenas a emenda que propõe o crime de responsabilidade contra juízes e procuradores. Fux mandou voltar o projeto à estaca zero, reacendendo a crise entre poderes.

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A defesa

Fica claro no depoimento de Paulo Ferreira – ex-tesoureiro do PT – ao juiz Sérgio Moro que a tese da defesa é alegar que a única irregularidade dele é caixa 2 de campanha. Ele nega enriquecimento ilícito ou outros envolvimentos na Lava-Jato. Durante o julgamento do mensalão, esse foi o principal argumento do PT para as irregularidades. Não colou.

O lamento

Mais magro e grisalho, Ferreira reclama em depoimentos para o juiz Sérgio Moro que “os amigos se foram” e que as duas contas bancárias estão no vermelho. O ex-tesoureiro está preso há seis meses.

Drogas

A Comissão de Educação do Senado aprovou projeto que altera o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas, com regras sobre internação involuntária. Ainda precisa passar por mais três comissões, mas o ministro Osmar Terra (Desenvolvimento Social) – autor do PL – fez um apelo ao presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) para que seja enviada o mais breve possível para o plenário.