Preocupado em salvar a própria pele, o presidente da República Michel Temer se dedica à política no varejo. Recebe em seu gabinete governadores, senadores, deputados e vereadores, acena com soluções aos problemas apresentados, distribui promessas, delira sobre uma reforma tributária e até negocia a migração de parlamentares para o PMDB.

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Cacique experiente, ele sabe que parlamentares gostam de “carinho“, e é assim que Temer pretende ampliar a lista de deputados dispostos a votar pelo engavetamento da denúncia. O Planalto reconhece que precisa fortalecer essa posição, porque uma segunda denúncia será apresentada.

A intervenção do presidente, no entanto, causou mal-estar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia que, monitorado pela mãe, jura que não está conspirando contra o presidente, não gostou da ofensiva do PMDB sobre deputados que poderiam migrar do PSB para o DEM. E em meio a essas picuinhas da corte, como fica o país? O jeito é rezar para que a economia se descole do entrevero político.

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Bolsa

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Apesar do veto da equipe econômica, o Planalto volta a avaliar o aumento no valor do bolsa família. O ministro Osmar Terra (Ministério do Desenvolvimento Social) tem conversado sobre o assunto com o Ministério do Planejamento.

Inimigo nº 1

A queda de braço do ex-presidente Lula com o juiz Sergio Moro convém ao PT. Curioso será observar como se comportará a militância diante dos desembargadores do TRF4. Também serão demonizados?

Apareça!

Nas regras para a sessão do dia 2 de agosto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, admite começar a sessão de votação da denúncia contra Temer com 51 deputados em plenário, mas só promoverá a votação com o quórum de 342 parlamentares.

Deixa quieto

Se quiser, o presidente Temer poderá ir ao plenário da Câmara para discursar no dia da votação da denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República. Há 25 minutos reservados à defesa, que ele poderá dividir com advogados.

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— Ele não vai. Não precisa ir – sustenta o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).

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