Apesar de entrar 2016 sob ameaça de afastamento, a decisão do STF sobre o rito do impeachment e o relatório aprovando as contas de 2014 deixam o Natal da presidente Dilma bem mais tranquilo. Quando o Congresso voltar do recesso, o cenário político para os governistas que tentam enterrar o processo ainda na Câmara estará mais favorável. A grande dúvida é quanto ao cenário econômico. Para sepultar o impeachment, o governo precisa também dar um indicativo à população de que o desemprego e a inflação não vão seguir a escalada atual. A sensação de fundo do poço poderá alimentar o descontentamento e, por consequência, movimentos de rua que estão esvaziados. Com um parecer indicando que pedaladas não são crime, uma comissão especial indicada pelos líderes e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), como aliado, o Planalto tem chances de reverter o impeachment. Mas há outro grande e urgente desafio: viabilizar um governo que ainda não existe.

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Sem segredos

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não queria que a reunião com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, fosse aberta para a imprensa. Primeiro foram assessores que reclamaram e depois, ele mesmo protestou. Lewandowski explicou:

– Não tem jeito. Aqui é assim mesmo.

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Vacinado

Com um encontro aberto à imprensa, o presidente do STF se vacinou contra possíveis versões da conversa com Cunha. O presidente da Câmara pediu café expresso e fez as perguntas quase sussurrando. Lewandowski falou de maneira clara e técnica. Não adianta pressa: os ministros têm até 19 de fevereiro para apresentar os votos.

Desconfiado

Quem acompanhou o encontro no STF foi o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ). Questionado sobre a presença, ele explicou:

– O presidente da Câmara não veio aqui falar em nome dos líderes. Participei para garantia que não ficaria essa impressão.

Plantão

A equipe do secretário de atenção à Saúde, Alberto Beltrame, está de plantão neste período de fim de ano. Todas as atenções estão voltadas para o combate ao mosquito e ao vírus zika. O próprio secretário só voltará ao Estado para as festas, mas não tira o olho da sala de monitoramento.

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