O Ministério da Cultura volta a existir, não por convicção do Planalto, mas porque o governo Temer quer abafar o movimento dos artistas, o único foco de reação com impacto junto à opinião pública. Como ainda não engrenou na área econômica – medidas voltadas à geração de emprego devem ser anunciadas amanhã —, Temer preferiu ceder para tentar apagar o incêndio. A decisão não foi unânime. Ministros contrariados argumentam que ceder às pressões pode desmoralizar o enxugamento da máquina. E, de fato, a reforma administrativa está meio bagunçada. Temer, no entanto, nunca foi um político do embate e sempre preferiu partir para conciliação. Mas não basta ter um ministério. O importante é saber, afinal de contas, quais são os rumos das políticas públicas para a Cultura.
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