A primeira etapa do programa de concessões do governo Temer deixou a desejar. Depois de quatro meses debruçados sobre os projetos, alterando as modelagens de negócios, a equipe do secretário Moreira Franco apresentou um plano genérico para o Estado. Faltaram detalhes sobre os projetos. Afinal, não estamos falando de inovações.
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O leilão do aeroporto Hercílio Luz integra o mesmo pacote lançado pela então presidente Dilma Rousseff, lá em 2015. E o bloco de rodovias catarinenses ficou de fora dessa rodada. Os estudos envolvendo a BR-470 e a BR-282 seguem na área técnica. Para se contrapor à pirotecnia de Dilma, a promessa é que agora só seriam anunciados projetos com “estudos maduros”. Ainda não é o que está acontecendo. O governo Temer tem pressa em mandar sinais para o mercado, aproveitando a onda de confiança. Precisa atrair recursos para fazer o país crescer. Mais falta organizar melhor a casa. Os leilões estão previstos para 2017.
Day After
O clima de perplexidade com a derrota avassaladora de Eduardo Cunha tomava conta da Câmara ontem, um dia depois da votação. Tanto aliados, quanto adversários não esperavam que a base de Cunha se desmancharia tão rápido, a ponto do peemedebista ser cassado por 450 votos. Outro assunto dos grupinhos de deputados, é o tal do livro que Cunha ameaçou escrever.
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Patrulha
Por volta das 20h30min de segunda-feira, os deputados do PMDB de Santa Catarina ainda não haviam registrado presença no painel eletrônica da Casa, em plena votação da cassação de Eduardo Cunha. Colegas do fórum catarinense começavam a comentar a ausência, quando todos apareceram, com exceção do deputado Peninha.
10 Medidas
Apesar da paralisia da Câmara em razão das eleições municipais, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) pretende entregar o relatório sobre a comissão das 10 medidas contra a corrupção na última semana de outubro. O juiz Sérgio Moro tem colaborado com sugestões.
Reforço
Ao confessar crimes a Moro, o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro implica o governo Dilma na Lava-Jato. Reforçando a delação de Delcídio do Amaral, ele afirma que o governo tentou interferir para melar a CPI da Petrobras em 2014.