Deputados de partidos governistas já avisaram o Planalto que a votação da reforma da Previdência não será tranquila como os dois turnos da PEC do teto de gastos. E mais: que a fidelidade não está garantida porque eleitores já começaram a pressionar. Depois da aprovação da proposta que estabelece limites nos gastos, o Planalto encaminhará à Câmara a reforma da Previdência. O próprio governo tem consciência dos entraves de um debate que diz respeito ao dia a dia do cidadão. Por isso mesmo o projeto estende as mudanças ao setor público, dando uma ideia de que não só o trabalhador privado vai pagar a conta. No caso da Previdência, o governo Temer terá de se empenhar no detalhamento das medidas, comprometendo-se com o fim de privilégios. Caso contrário, essa reforma – um complemento fundamental da PEC – vai emperrar.
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Escudo
Apesar das reclamações e ameaças do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) afirma que o ministro Alexandre de Moraes (Justiça) não sai do governo. Por enquanto, Moraes conta com a proteção de parte do PSDB e com a amizade com o próprio Temer.
Última chance
Depois da decisão do STF contra a desaposentação, a presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, Jane Berwanger, afirma que vai centrar esforços para tentar garantir a medida que beneficia os aposentados na reforma da Previdência.
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De fininho
O ministro Gilmar Mendes entrava todo faceiro na churrascaria Fogo de Chão, em Brasília, quando congelou. O restaurante estava lotado de manifestantes favoráveis às vaquejadas. Desde o início da semana, eles tomaram a Esplanada contra a decisão do STF que proibiu a prática. Mendes votou a favor, mas preferiu sair de fininho antes de precisar dar explicações.
Auxílio-doença
A Medida Provisória que determina a revisão do auxílio-doença em todo o Brasil vai caducar no próximo dia 4. A votação deveria ocorrer nesta quarta, mas não houve quórum. A saída, de acordo com o deputado Jones Martins (PMDB-RS), será a reedição de uma nova MP. Enquanto isso, o Ministério do Desenvolvimento Social garante que as perícias não vão parar.