Para evitar um racha entreos partidos aliados, o governo Temer pede aos líderes que comecem a semana buscando acordo em torno de um nome para assumir a presidência da Câmara. A negociação já incluiria a eleição para a Mesa da Casa em 2017. Por trás da proposta, está a necessidade de dissipar a tensão entre o Centrão e DEM/PSDB. Disposto a provar que o Planalto quer evitar discórdias, o PMDB deve ficar de fora da eleição, tanto para o mandato tampão, quanto para o próximo ano.
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Com isso, abrindo mão da tradição na Câmara de que as maiores bancadas se revezam na presidência. O partido já tem candidaturas registradas, mas a orientação da cúpula é para que os deputados desistam. Ao mesmo tempo, o Planalto fecha o final de semana mandando recados para todos os lados, dizendo que não tem preferências:
– Temos juízo. Se piscarmos o olho para um lado, o outro ficará sabendo – resume o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Quebrando galho
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Especialista em mandato tampão, o deputado RogérioRosso (PSD-DF) – aliado de Eduardo Cunha – continua sendo o nome forte para assumir a presidência da Câmara. Em abril de 2010, ele chegou ao governo do DF por eleição indireta, depois que o Mensalão do DEM derrubou a administração de José Roberto Arruda.
Afeição
Correndo por fora na disputa à presidência, odeputado Esperidião Amin (PP-SC) solicitou uma reunião da bancada do PP, na tentativa de convencer os colegas a lançar candidatura própria.
– O governo já está se metendo. Esse acordo é no mínimo complicado e favorece o grupo afeiçoado ao Cunha – reclama Amin.
Agora vai
O pedido de urgência para a votação do projeto de lei da renegociação das dívidas dos Estados com a União vai voltar nesta semana à pauta de votação do plenário da Câmara. São grandes as resistências ao texto fechado pelo Ministério da Fazenda.
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Seguro defeso
Depois do pente-fino noauxílio-doença e no segurodesemprego, os próximos alvos do governo serão o segurodefeso (que atinge pescadores) e o Bolsa-Família. Só no benefício para pescadores, técnicos acreditam que consigam cortar 50% de gastos com irregularidades.