Apesar de não reconhecerem em público, internamente senadores petistas duvidam que possam conseguir mais do que 22 votos contra o impeachment (de um total de 81 parlamentares), o mesmo resultado da primeira votação no Senado. Nesse meio tempo, não houve nenhum fato novo de impacto que pudesse mudar a tendência de aprovação do relatório a favor do impedimento de Dilma Rousseff. Pelo contrário. Nesta reta final, resta aos senadores petistas lamentar que o acordo de delação premiada de Marcelo Odebrecht já não tenha sido fechado há mais tempo. Se confirmadas, as acusações de caixa 2 de campanha contra Michel Temer e o ministro José Serra (Relações Exteriores), poderiam ser um elemento novo nesta disputa. O PT até tenta usar as informações que vazaram como uma arma de última hora, com o protocolo que pede a suspensão das funções pública de Temer. Por enquanto, porém, a delação – embora em negociação – não tem a força de um fato concreto.
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Vai enrolar
Embora o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tenha permitido a leitura do processo de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), há deputados do próprio PMDB que duvidam que ele tenha pressa em colocar o assunto em votação. Pelo regimento, a cassação do Cunha pode ser votada amanhã.
Quem foi
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Marcada para as 14h, a sessão para a leitura do processo contra Cunha precisava de 51 deputados presentes para começar. Conseguiu exatamente esse quórum, sendo que da bancada catarinense marcaram presença os deputados Carmen Zanotto (PPS) e Celso Maldaner (PMDB).
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Digital
A manutenção de algumas contrapartidas no texto da renegociação da dívida dos Estados com a União é uma vitória do ministro Henrique Meirelles (Fazenda). Se o Planalto recuasse totalmente, seria a desmoralização da equipe econômica.
Prova
Um tipo de prova material que os investigadores da Lava-Jato pediram para Marcelo Odebrecht, na negociação da delação premiada, foram comprovações de conversas que teriam ocorrido por telefone. A quebra do sigilo telefônico ajuda na formação do quebra-cabeça.
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