Até agora, a fritura do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) está servindo de blindagem sob medida para o presidente Michel Temer. Depois de José Yunes ter afirmado que recebeu um pacote de um lobista por determinação do gaúcho, o empresário Marcelo Odebrecht disse ao TSE que tratou da liberação de R$ 10 milhões para o financiamento da campanha de 2014 com Padilha, sem a presença de Temer.

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O Planalto divulgou uma nota, dizendo que esse dinheiro foi doado oficialmente e registrado na Justiça Eleitoral. Mesmo assim, o homem forte do governo sai fragilizado de todo esse processo. Licenciado por motivos de saúde e em recuperação de uma cirurgia da próstata, Padilha não deve voltar às atividades no início da próxima semana, como previsto inicialmente. Neste meio tempo, apostam aliados do ministro, a segunda lista de Janot deve ser divulgada, atingindo tanta gente graúda e com tanta história escandalosa, que o caso Odebrecht-Padilha-Temer ficará em segundo plano.

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Ninho Tucano

O presidente Michel Temer trocou seis por meia-dúzia no Ministério das Relações Exteriores. Se José Serra não tinha jeito para diplomacia, o novo ministro, Aloysio Nunes Ferreira, muito menos. Os dois são senadores pelo PSDB de São Paulo e não têm lá muita paciência com rapapés.

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Flexibiliza

Quem conhece Michel Temer dos velhos tempos do PMDB aposta que ele vai ceder tanto nas reformas, quanto no projeto da dívida dos Estados. Para evitar uma derrota na Câmara, ele poderá flexibilizar a exigência de contrapartidas dos Estados.

Na avenida

Em campanha contra a Reforma da Previdência, o deputado Décio Lima (PT-SC) aproveitou o feriado prolongado de Carnaval para debater o assunto com os movimentos sindicais. Em menos de duas semanas foram cerca de trinta cidades, abrangendo praticamente todas as regiões do Estado.

R$ 190 milhões

Santa Catarina irá receber nas próximas semanas R$ 190 milhões em emendas impositivas do orçamento federal. As principais áreas que devem ser beneficiadas são procedimentos de média e alta complexidade, atenção básica à saúde e aquisição de veículos, como ambulâncias. As emendas são indicadas pelos parlamentares para os municípios, mas como os recursos chegam ao Estado é necessário organizar a forma desse repasse. Um grupo foi criado para isso.