Enquanto a equipe do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) exigia dos secretários de Fazenda medidas de austeridade fiscal, em troca da renegociação da dívida, o Planalto acertava a aprovação do reajuste do funcionalismo público federal com a Câmara. Neste caso, o interesse político venceu de goleada o discurso da equipe econômica. O presidente interino, Michel Temer, preferiu evitar uma greve do funcionalismo, um desgaste dos deputados e, de lambuja, fez um carinho no Judiciário. Além de reajustes e aumento do teto dos ministros para R$ 39.293, foram aprovados penduricalhos e a criação de 11 mil novas vagas. Sim, é gasto que, neste ano, vai para dentro do déficit de R$ 170 bilhões. Momentos antes da votação, deputados do PSDB tiveram uma reunião com Meirelles e o alertaram para as consequências. Constrangido, o comandante da Fazenda quase não falou.
Continua depois da publicidade
Rafael Martini: Ajuste fiscal à moda tupiniquim é deboche para um país quebrado
Cobertor curto
Contando os centavos para conseguir honrar compromissos na área de saneamento, mobilidade urbana e habitação, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, não gostou nada da aprovação de aumento de gastos públicos, na forma de reajuste de várias categorias do funcionalismo.
— Estou com o meu partido (PSDB). É uma medida que atrapalha.
Continua depois da publicidade
Leia mais colunas de Carolina Bahia
Batata assando
O STF vem dando sinais claros de que Eduardo Cunha não vai escapar da Lava-Jato. Por unanimidade, rejeitou recurso de Cunha contra acusação de propina na Petrobras. O afastamento da Câmara também foi uma decisão unânime. Em entrevista à Rádio Gaúcha, ele disse que não ¿teme nada¿. Não é bem assim.
Retorno
Vinícius Lummertz está pronto para voltar à presidência da Embratur. Além de se dedicar às Olimpíadas, Lummertz vai recuperar o projeto de transformar a Embratur em uma agência, com mais autonomia para captar recursos em outras áreas.
Sem tempo
Aliados da presidente afastada, Dilma Rousseff, avaliam como positiva a agenda nos Estados contra o impeachment, mantendo a mobilização da militância. A presença, hoje, em Porto Alegre, serve para mostrar que a petista continua no jogo, ainda mais diante da pressa do julgamento no Senado.
Acompanhe as últimas notícias do Diário Catarinense