Aprovar assuntos polêmicos no Congresso, como a reforma da Previdência, será bem mais difícil e demorado do que a equipe de Michel Temer prevê e precisa. O loteamento da Esplanada entre aliados até pode ajudar, mas não resolve.

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Em ano de eleições municipais, os deputados não têm a mínima disposição para votar temas impopulares, por mais importantes que possam ser para o país. A idade mínima virou um tabu, assim como mexer na aposentadoria rural. As centrais sindicais resistem. A CUT nem apareceu para a reunião com o Temer.

É por isso que uma comissão mista, formada por parlamentares, governo e sindicalistas ficará responsável por apresentar uma proposta em 30 dias. Sob a coordenação da Casa Civil, cada ponto será negociado e explicado em uma série de almoços, jantares e encontros.

O assunto só vai para o Congresso depois de um acordo desenhado e bem mastigado. Com grandes chances de ficar para 2017.

FATURA

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Além de ganhar o Ministério do Trabalho, o PTB deverá permanecer com a presidência da Conab e com a Casa da Moeda. Indicados estão sob a responsabilidade do líder do partido na Câmara, Jovair Arantes (GO), aquele que foi o relator do impeachment na Comissão Especial.

E AS MULHERES?

Em meio à polêmica da falta de ministras, Eliseu Padilha (Casa Civil) garante que sua equipe terá maioria de mulheres. De 10 integrantes, seis serão mulheres. Entre elas, Natalia Marcassa, que foi secretária-executiva do Ministério dos Transportes no governo Dilma.

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