Na ânsia de garantir votos para a reforma da Previdência, o governo está negociando as dívidas de quase todo mundo que bate na porta do Palácio do Planalto e que tenha força no Congresso. Criado para um socorro em situações extremas, de ajuda a determinado setor, o Refis virou gandaia. A medida provisória do programa de Regularização Tributária, que está na Câmara, foi modificada, ampliando os beneficiados. Estados e municípios ganharam nos prazos e juros para pagar as dívidas com o INSS, produtores rurais negociam novas condições para pagar o Funrural e até os partidos políticos poderão ganhar um Refis. Mais cedo ou mais tarde, tudo isso terá um custo para os cofres públicos. Em tempos de austeridade fiscal e valorização da gestão, não deveria haver essa propagação de renegociação, com critérios questionáveis. Mas no balcão de negócios da reforma, o famoso Refis virou uma moeda valiosa.
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LEÃO NA PENÚRIA
Técnicos reclamam que o corte no orçamento de cerca de 40% poderá afetar operações da Receita Federal. Documento repassado a parlamentares gaúchos revela que não há recursos para manter um contrato com a Dataprev, por exemplo.
ROUPA SUJA
A situação de Dilma Rousseff na Lava-Jato só piora. O bate-boca entre o marqueteiro João Santana e o ex-ministro José Eduardo Cardozo tem tudo para resultar em novas revelações. Lembrando que Santana e Cardozo já foram homens de confiança da ex-presidente.
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FORO FLEX
Líder do PSDB no Senado, o senador Paulo Bauer não assinou a emenda ao projeto do fim do foro privilegiado que tinha o objetivo de garantir o benefício também ao vice-presidente da República. A proposta aprovada pelos senadores, mantem apenas para presidentes da República, da Câmara, do Senado e do STF o foro. Se depender de muitos parlamentares, a lei será flexibilizada.