Estratégico para as investigações, o acordo de delação premiada entre a Odebrecht e a força-tarefa da Lava-Jato chega aos últimos capítulos da negociação. Advogados envolvidos no caso estimam que todo o processo se encerrará entre dezembro e fevereiro, contando com a homologação por parte do Supremo Tribunal Federal.

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A previsão inicial é que estivesse pronto ainda em outubro, mas houve impasse sobre a redução de pena de Marcelo Odebrecht. Neste momento, está faltando o acordo de leniência da pessoa jurídica. O que significa que as negociações envolvendo figuras centrais como Marcelo e Emílio Odebrecht já avançaram.

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Concluído, o conjunto de delações fará um strike nos partidos políticos, do PT, passando pelo PMDB ao PSDB. Reportagem do jornal Folha de São Paulo revela que, nas informações prévias da delação, Emílio afirmou que a Arena Corinthians (SP) foi presente para Lula, um torcedor apaixonado.

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A obra seria uma compensação pela ajuda do ex-presidente à empresa. Se for confirmado, significa mais um agrado com o chapéu alheio, porque parte do estádio foi financiado pelo BNDES. Isso é só um exemplo do que ainda vai aparecer.

Vem votar!

Deputados e ministros se reuniram ontem à noite no Palácio do Jaburu para um esforço concentrado em busca de votos. O governo quer aprovar o segundo turno da PEC do teto de gastos com uma vantagem ainda mais folgada. O foco, ontem, era uma lista com os 26 nomes de deputados aliados que faltaram no primeiro turno. Relator da proposta, Darcísio Perondi (PMDB-RS) acredita em um placar com mais de 370 votos favoráveis.

Assediados

O Planalto ainda tenta conquistar o apoio de deputados de partidos aliados que, no primeiro turno, não votaram a favor da PEC do teto. Da bancada de Santa Catarina, o nome da deputada Carmem Zanotto (PPS) não sai das listas de reforço.

Autocrítica geral

Ao propor cinco metas para mudar o PT, o deputado Pepe Vargas (RS) não poupa os governos Lula e Dilma de críticas. Ex-ministro, ele reconhece que as administrações petistas ficaram aquém na política tributária e que nunca abraçaram a reforma política. Ele defende que o partido assuma um pacto programático. Já Décio Lima tem promovido reuniões em sua casa, em Brasília, debatendo os rumos de um novo PT.

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