Estratégico para as investigações, o acordo de delação premiada entre a Odebrecht e a força-tarefa da Lava-Jato chega aos últimos capítulos da negociação. Advogados envolvidos no caso estimam que todo o processo se encerrará entre dezembro e fevereiro, contando com a homologação por parte do Supremo Tribunal Federal. A previsão inicial era de que estivesse pronto ainda em outubro, mas houve impasse sobre a redução de pena de Marcelo Odebrecht. Neste momento, está faltando o acordo de leniência da pessoa jurídica. O que significa que as negociações envolvendo figuras centrais como Marcelo e Emílio Odebrecht já avançaram.
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Concluído, o conjunto de delações fará um strike nos partidos políticos, do PT, passando pelo PMDB, ao PSDB. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo revela que, nas informações prévias da delação, Emílio afirmou que a Arena Corinthians (SP) foi presente para Lula, um torcedor apaixonado. A obra seria uma compensação pela ajuda do ex-presidente à empresa. Se for confirmado, significa mais um agrado com o chapéu alheio, porque parte do estádio foi financiada pelo BNDES. Isso é só um exemplo do que ainda vai aparecer.
Assediados
O Planalto ainda tenta conquistar o apoio dos 10 deputados do PSB que votaram contra a PEC do teto. Embora o partido seja da base de apoio, os deputados gaúchos Heitor Schuch e José Stédile têm dito que não mudam de opinião e são contra a proposta. A articulação política do Planalto, no entanto, está de olho nos dois.
Autocrítica
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Ao propor cinco metas para mudar o PT, o deputado Pepe Vargas não poupa os governos Lula e Dilma de críticas. Ex-ministro, ele reconhece que as administrações petistas ficaram aquém na política tributária e que nunca abraçaram a reforma política. Ele defende que o partido assuma um pacto programático.
Vem tocar!
Deputados e ministros se reuniram ontem à noite no Palácio do Jaburu para um esforço concentrado em busca de votos. O governo quer aprovar o segundo turno da PEC do teto de gastos com uma vantagem ainda mais folgada. O foco, ontem, era uma lista com os 26 nomes de deputados aliados que faltaram no primeiro turno. Relator da proposta, Darcísio Perondi (PMDB-RS) acredita em um placar com mais de 370 votos favoráveis.
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