Embora ainda existam processos no STF, a ex-presidente Dilma Rousseff se despediu do Palácio da Alvorada e o impeachment é página virada. Para o presidente Michel Temer, o jogo começa para valer, sob a pressão do tempo e dos próprios aliados. Isso explica a decisão de enviar a proposta de Reforma da Previdência para o Congresso antes das eleições municipais. Acusado de recuar em temas importantes durante o período da interinidade, Temer está sendo colocado contra a parede pelo PSDB, que exige medidas de ajuste o mais rápido possível. Solidário com a tese dos deputados, que não querem enfrentar um debate impopular no meio da campanha, o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) chegou a dizer que 10 dias a mais ou a menos não fariam diferença. Para um governo que precisa provar que vai fazer ajustes, faz diferença sim. Temer sabe que precisa conquistar a confiança dos mercados para atrair os investimentos necessários. Por isso, não pode hesitar.
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Dos ex-ministros que acompanhavam Dilma na saída do Palácio da Alvorada, Jaques Wagner foi o único que não desceu do carro oficial para confraternizar com os manifestantes. Mas antes de partir, mandou um recado:
– A gente volta!
Quem diria
A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) era uma das mais emocionadas na despedida de Dilma do Alvorada. Enquanto a ex-presidente era cercada pelos manifestantes, a ex-ministra da Agricultura registrava as cenas com o celular e limpava as lágrimas. No meio da confusão, Kátia também era abraçada e beijada por militantes sem terra.
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Independência
O presidente Michel Temer resolveu que nesta quarta, na cerimônia do 7 de Setembro, não vai desfilar em carro aberto na Esplanada. Ao contrário de Dilma, que no ano passado chegou no Rolls-Royce, Temer optou pelo carro oficial fechado.
Abafa o caso
Sobre a proposta de aumento do salário dos ministros do STF, a estratégia do governo Temer é tentar ganhar tempo. Há quem acredite que a nova presidente do STF, Cármen Lúcia, é mais consciente da situação das finanças públicas e não pressionará pelo reajuste, ao contrário do atual presidente, Ricardo Lewandowski. Cármen Lúcia toma posse na próxima segunda.
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