O Planalto transformou a posse do presidente da Petrobras e dos bancos públicos em um evento badalado porque é o que tem de melhor a mostrar. A equipe econômica de Michel Temer, que tem um braço importante neste grupo, é a esperança de que o governo de transição possa emplacar medidas para tirar o país do fundo do poço. Seria uma forma de compensar nomeações medíocres para outros ministérios – graças a indicações de aliados – e até mesmo a queda de dois ministros enrolados pela Lava-Jato. Não há dúvida de que Henrique Meirelles (Fazenda) e Pedro Parente (Petrobras) servem como âncoras de credibilidade para o governo. Mas a nova onda de delações premiadas, em especial da Odebrecht não deixa a área política sossegar e contamina a economia. Ministros, deputados e senadores estão em pânico com o temor de uma nova fase da Lava-Jato.
Continua depois da publicidade
Leia mais colunas de Carolina Bahia
Vingança
Adversários de Eduardo Cunha no Conselho de Ética contam o voto integral do DEM a favor da cassação. Não só pela convicção da bancada, mas também por vingança. O DEM não engoliu ter perdido a liderança do governo para André Moura (PSC-SE), afilhado de Cunha.
Marcando lugar
Continua depois da publicidade
Entre os convidados da posse conjunta, no Palácio do Planalto, o assunto era a dúvida sobre o próximo ministro do Planejamento. O interino, Dyogo de Oliveira, nem mesmo ocupa o gabinete oficial, e continua despachando de sua sala de secretário-executivo. Para não desagradar o senador Romero Jucá (PMDB-RR) – afastado do cargo – por enquanto, Temer não fala oficialmente sobre a substituição.
Só na conversa
Na primeira reunião sobre renegociação da dívida com a equipe do ministro Henrique Meirelles (Fazenda), os secretários da Fazenda pediram dois anos de carência e desconto. O único combinado é que a Fazenda só mandará o texto para o Congresso depois de um acordo com os governadores.
Acompanhe as últimas notícias do Diário Catarinense