A viagem do presidente Michel Temer aos Estados Unidos tem dois pontos estratégicos: firmar a sua imagem junto à comunidade internacional e atrair investimentos para o programa de concessões da União. O Brasil só voltará a crescer se reconquistar a confiança dos investidores e tirar o plano do papel. Se isso ocorrer, volta o ambiente de negócios. Entre 2015 e 2016, a instabilidade política congelou os investimentos. Dentro e fora do Brasil, empresários aguardavam o que iria ocorrer na República. Com o fim da novela do impeachment, agora a desconfiança é com capacidade do atual governo de cumprir a promessa do ajuste fiscal. Temer tem a missão de romper com essa paralisia. O país não suporta mais ficar em banho-maria.

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Eixo econômico

(Foto: Flávio Soares/Câmara dos Deputados)

O foco na pauta econômica tem levado lideranças do governo Temer a cada vez mais frequentes viagens a São Paulo. Ontem, pelo menos cinco ministros – entre eles, Casa Civil e Fazenda – mais o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-SP) tinham agenda na capital paulista. Todos empenhados em convencer o mercado de que o ajuste fiscal não é conversa.

Mal acostumados

(Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

Deputados reagem ao movimento em defesa da volta do financiamento de empresarial de campanha, que começa a ganhar força no Congresso. Consciente das pressões, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) classifica a proposta de retrocesso:

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– A solução não é voltar ao dinheiro corruptor das empresas. É só fazer uma campanha barata.

Está na área

(Foto: Arquivo pessoal)

O marqueteiro gaúcho Marcos Martinelli, que conta com bom trânsito no Planalto, entrou na lista dos cotados a assumir a função de porta-voz da presidência. O governo, no entanto, já sondou o jornalista Eduardo Oinegue, que integra o time de conselheiros da presidência na área da comunicação.

Apegada

A ex-presidente Dilma Rousseff fez questão de informar que não pretende viajar ao Exterior. Isso porque está dedicada às campanhas municipais de fieis aliados, como Jandira Feghali (PCdoB), candidata à prefeitura do Rio. No próprio site e nas redes sociais, Dilma segue com o título “presidenta do Brasil”.