Ao completar três meses, o governo interino de Michel Temer cai na real: não será fácil aprovar o ajuste fiscal e as reformas prometidas. O amplo apoio ao impeachment conquistado na Câmara e no Senado não se traduz em apoio incondicional às medidas impopulares. Deputados reclamam que não estão recebendo os cargos prometidos e que não podem se comprometer com maldades às vésperas das eleições. Só não se queixam da falta de trânsito no Planalto, porque as relações melhoraram em relação ao governo anterior. Diante das dificuldades, Temer recua das propostas mais duras para não sofrer derrotas. O governo, no entanto, faz questão de afirmar que as contrapartidas estão garantidas no texto da renegociação da dívida. A lua de mel com os empresários continua em alta, mas as cobranças devem começar com o fim do impeachment. Por isso, o Planalto corre para botar na rua ações como a nova cara do programa de concessões.

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Na conta

A volta do Ministério do Desenvolvimento Agrário já está acertada com o Solidariedade desde o início do governo Temer. A extinção da pasta, como medida de economia, não agradou em nada o deputado Paulinho da Força (SP), que faz questão de um ministério para emplacar um aliado. Esse será o 27º ministério.

É simples

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O deputado que não estiver em plenário no dia 12 de setembro, para a votação do processo de cassação de Eduardo Cunha, é porque prefere salvar a pele do colega. A desculpa de que a segunda-feira é um dia de pouco movimento em Brasília não cola.

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Pérola

Apesar das constantes declarações no mínimo equivocadas, o ministro Ricardo Barros (Saúde) não deve ser substituído na reforma ministerial. Ele é considerado um bom gestor pelo Planalto. A última pérola foi que os homens procuram menos os serviços de saúde porque trabalham mais que as mulheres e são provedores.

Presidenta?

Ex-ministro da Educação de Dilma, Renato Janine Ribeiro usou as redes sociais para entrar no debate alimentado pela ministra Carmem Lúcia (STF): o certo é presidenta ou presidente?

As duas formas estão no dicionário e nos melhores escritores. Usar uma ou outra é apenas preferência pessoal. Acusar quem usa presidenta de ignorante é, isso sim, ignorância — afirma.

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