Réu em dois processos, o ex-presidente Lula está cada vez mais fragilizado. O plano de ser candidato à presidência da República em 2018 fica engavetado e a atuação dele nas eleições municipais, contaminada pelas pendências judiciais. Somente nesta semana, ele já tem três compromissos marcados em diferentes cidades do Nordeste. O PT já organizou uma reação junto aos movimentos sociais e às bancadas no Congresso. Mas bravatas contra o estilo dos investigadores e a tentativa de desqualificar o juiz Sérgio Moro não terão efeito sobre o processo. A grande questão em jogo são as relações do ex-presidente com as grandes empreiteiras. Afinal, o apartamento do Guarujá esteve ou não envolvido em um esquemão? Quem ganha presentes de empresas, sem dar nada em troca? Ao acolher a denúncia do Ministério Público Federal, o próprio Moro fez questão de esclarecer que nesta fase não cabe um exame aprofundado das provas, o que será feito daqui por diante. Emissários de Lula, de dentro e de fora do PT, já começaram uma campanha para tentar salvar a reputação do ex-presidente.
Continua depois da publicidade