Apesar de todos os alertas dos órgãos de fiscalização e dos novos tempos conduzidos pela Operação Lava-Jato, políticos brasileiros continuam apostando na velha máxima do “não vai dar nada”. Levantamento divulgado pelo Tribunal de Contas da União revela que quase a metade dos recursos arrecadados nas eleições municipais está sob suspeita de irregularidade. Um beneficiário do Bolsa Família, por exemplo, teria feito uma doação de R$ 75 milhões. Se concretiza, portanto, a previsão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, da existência de um “laranjal” como forma de burlar a lei que proíbe o financiamento privado de campanha. Isso sem falar na velha prática de caixa 2. Com o cruzamento de dados, as falcatruas começam a aparecer. O problema é que os processos na Justiça Eleitoral vão demorar a ser julgados, beneficiando quem se elegeu com dinheiro da fraude. O financiamento de campanha foi e continua sendo uma grande fonte de falcatruas.

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