Carolina Bahia: Indefinição nas capitais

A semana derradeira do primeiro turno das eleições se inicia com indefinições nas capitais. Não poderia ser diferente em período de descrédito da política. Pelo cenário descrito a partir das pesquisas, o PT é quem sofre mais. Venceu em quatro capitais em 2012 e deve permanecer sem sustos apenas à frente da prefeitura de Rio Branco, assegurando a hegemonia política no Acre. No restante, disputas duras pelo país, a exemplo de São Paulo, onde Fernando Haddad tenta uma reação de última hora. Crise econômica, impeachment e Lava-Jato ajudam a explicar as dificuldades. Em Minas Gerais, palco da vitória maiúscula que elegeu governador Fernando Pimentel em 2014, o PT vê seu candidato a prefeito de Belo Horizonte (Reginaldo Lopes) com 4% nas pesquisas. O líder é o tucano João Leite, deputado estadual e ex-goleiro do Atlético-MG. O PSDB, que fez quatro capitais há quatro anos, também se anima por liderar em Manaus, Maceió e Teresina, e por ver João Doria em ascensão em São Paulo, local do maior enrosco do momento. Partido de Michel Temer, o PMDB levou duas capitais na eleição passada. Agora, lidera em Porto Alegre, Florianópolis, Goiânia e Boa Vista. Ainda aposta na máquina para disputar o segundo turno no Rio de Janeiro e São Paulo. Diante de tantas incertezas, a semana derradeira será de debates e corpo a corpo intensos. Os indecisos e o famoso voto útil definirão o primeiro turno.

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Opostos

Em 2012, o PSB foi o partido que mais conquistou capitais – cinco. Em 2016, está na frente em Recife e Palmas. Ainda disputa com força em Porto Velho. Novata em eleições, a Rede lidera as pesquisas de capitais apenas em Macapá.

Ensino

Parlamentares estão prontos para modificar a medida provisória do novo Ensino Médio. João Derly (Rede-RS) tem emenda para assegurar a obrigatoriedade das aulas de educação física. A bancada do PT prepara um kit de alterações. Será um teste para a base de Temer.

Teto

Para rebater acusações de que a PEC do teto dos gastos vai diminuir os recursos da educação, a equipe econômica de Michel Temer vem insistindo que o limite não alcança o Fundeb, importante fonte de dinheiro na área.

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