O grande impasse a respeito da PEC do teto de gastos continua concentrado na Saúde. A população vai envelhecer, novas tecnologias vão surgir, medicamentos novos serão disponibilizados ao longo do tempo. Fica mesmo difícil acreditar que os investimentos estarão garantidos dentro de limites tão rígidos no orçamento. O Planalto, porém, reforça o discurso, assegurando que as políticas do SUS não serão prejudicadas porque verbas de outras áreas serão remanejadas.

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O presidente do Conselho Nacional de secretários da saúde, João Gabbardo, confirma que a curto prazo a PEC não prejudicará mesmo a saúde. O que está valendo até 2018 é o repasse do percentual da receita corrente líquida. Em 2017, por exemplo, o setor terá cerca de R$ 9 bilhões a mais. O problema começa a partir de 2020, quando os limites da PEC estarão consolidados para todas as áreas. Quer dizer, o aperto começará para a saúde depois do governo Temer. Embora amarga, a PEC do teto é uma medida necessária para acabar com a farra dos gastos. A grande questão é se finalmente o Brasil conseguirá se concentrar no que de fato é prioridade.

Recordar é…

Condenado há 19 anos de prisão por crimes na Lava-Jato, o ex-senador Gim Argello foi um dos articuladores políticos do primeiro governo Dilma e por muito pouco não foi indicado para o Tribunal de Contas da União.

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É tri

O cerco se fecha contra o ex-presidente Lula e ele vira réu pela terceira vez. Embora o PT argumente perseguição política, ainda faltam explicações para as relações do líder petista com grandes empreiteiras.

Olho no relógio

O que Eduardo Cunha mais temia acabou acontecendo, virou réu na Lava-Jato nas mãos do juiz Sérgio Moro. Agora é só uma questão de tempo.