Ao mesmo tempo em que o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, entra na fase final, o governo Temer começa uma nova e impopular batalha na Câmara. Nesta semana, dois ministros da área econômica estão sendo esperados na comissão especial que analisa a PEC do teto dos gastos. Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento) vão tentar convencer os deputados da importância de se limitar o aumento do orçamento à inflação do ano anterior.

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É o ajuste fiscal sem maquiagens. Mas também sem piedade com setores mais sensíveis. Representantes da área da saúde já se mobilizam para alertar os parlamentares do risco de uma crise ainda maior no atendimento do SUS. Eles prometem tomar conta dos corredores da Câmara, a exemplo do que fazem as corporações quando querem reajuste salarial. Relator da PEC, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) garante que a saúde não vai perder dinheiro. Afinado com a equipe de Meirelles, tem o desafio de provar.

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CONSOLIDOU

Às vésperas da retomada do processo de impeachment no Senado, o Planalto mantém a previsão de 60 a 62 votos a favor do afastamento definitivo de Dilma. Dentro desse cálculo, está a certeza do voto do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a convicção de que o PT não consegue avançar nas negociações.

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SINAIS (AMARELINHO)

Até onde irá a Lava-Jato? Quando atingirá em cheio também o Judiciário? Essas são as duas perguntas mais ouvidas pelos gabinetes de Brasília nos últimos dias.

LEGADO

Responsável pela fiscalização da aplicação de recursos públicos na Olimpíada, o ministro Augusto Nardes (TCU) ainda aguarda a prestação de contas da organização do evento, mas já adianta um dos focos de seu relatório. O TCU vai cobrar o compromisso com a utilização das estruturas dos jogos em convênios com escolas públicas. Nardes lembra um dos problemas da Copa:- Não podemos ficar com elefantes brancos.

AGORA VAI

Estão passando por análise do Tribunal de Contas da União 12 acordos de leniência com empresas envolvidas na Lava-Jato. O processo estava represado porque havia resistências sobre a participação do TCU no processo. Um acordo entre a Advocacia Geral da União (AGU), Ministério da Transparência e TCU acelerou o processo.