Relator do projeto da renegociação da dívida, o deputado Esperidião Amin (PP-SC) classifica o Ministério da Fazenda como “FMI dos Estados”. É uma alusão do deputado ao tempo em que o Fundo Monetário Internacional agiu com mão de ferro, impondo a países como o Brasil uma rígida pauta de ajustes em troca da negociação dos débitos. De fato, é o que está ocorrendo hoje. E os governadores têm razão de reclamar quando dizem que os indexadores da dívida estão defasados. No entanto, há muitos Estados – e não é o caso de Santa Catarina – que não fizeram o dever de casa. Incharam a máquina, alimentaram corporações, não promoveram reforma da Previdência. Hoje, os governadores não têm dinheiro para pagar o funcionalismo em dia, como é o caso do Rio Grande do Sul. Ao renegociar a dívida, ou suspender o pagamento das parcelas, toda a sociedade paga a conta. Se não houver alguma contrapartida, a irresponsabilidade certamente voltará, basta que passe o período de vacas magra
Continua depois da publicidade
Solidariedade
Vice-líder do governo, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) está trabalhando para assegurar quórum nesta semana. O governo Temer gostaria de ter a aprovação da renegociação da dívida com os Estados para engordar o balanço do final de ano. O problema são os deputados do Norte e do Nordeste, que têm pouquíssimo interesse no assunto.
Amizade
Parlamentares de oposição têm manifestado surpresa com o que chamam de “proximidade” do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Comentam que ele é o líder mais assíduo às reuniões na residência oficial e que a bancada comunista estaria inclinada a apoiar a reeleição do deputado do DEM.
Continua depois da publicidade
Soluços
Como previsto anteriormente, a homologação das delações da Odebrecht sairá apenas em fevereiro, o que não significa tranquilidade para o governo Temer ou outros ameaçados pelas listas. Com os tradicionais vazamentos, pílulas de escândalos tomarão conta de janeiro.