Os investigadores podem até negar que o ex-presidente Lula seja o foco principal das novas etapas da Lava-Jato, mas em Brasília é difícil achar um petista que não esteja preocupado com os rumos da operação. Nos bastidores, o temor é que o empresário José Carlos Bumlai, preso pela Polícia Federal, resolva apelar para a delação premiada, abrindo um passado de quem foi bem próximo do ex-presidente. Acusações contra Lula detonariam diretamente a imagem do PT e, por consequência, piorariam ainda mais a situação política da presidente Dilma. No próprio despacho para a prisão de Bumlai, o juiz Sérgio Moro afirma que não há provas de que o ex-presidente estivesse envolvido em ilícitos. Mesmo assim, o dia foi de tensão na Esplanada.

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Picadeiro

O plenário do Conselho de Ética virou o palco principal da Câmara para deputados interessados nos holofotes. Titulares e suplentes se acotovelavam ontem na sala que ficou pequena para tanto público. Foi o caso dos deputados petebistas Arnaldo Farias de Sá (titular) e Sérgio Moraes (suplente). Aliado de Eduardo Cunha, o líder do PTB, Jovair Arantes (PTB-GO) tentou ontem uma manobra para trocar Arnaldo por Moraes, mas o titular não arredou pé.

Cargas

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A Secretaria de Aviação Civil ainda não abandonou a ideia de transformar o aeroporto de Navegantes em um terminal de cargas. O deputado Mauro Mariani (PMDB), que ontem participou de reunião com o ministro Eliseu Padilha, adianta que a obra da pista depende de desapropriação de famílias. A prefeitura participou do encontro.

Especial

Também ficou acertado que a Receita Federal poderá organizar um atendimento no Aeroporto de Navegantes em horários pré-determinados. Neste caso, seria para o recebimento de voos charter.

De saída

Depois de seis anos de Advocacia Geral da União, Luís Inácio Adams vai deixar o cargo. Ele ainda precisa acertar a saída com a presidente Dilma Rousseff, que já começou a procurar um outro nome. Adams esteve à frente, por exemplo, de toda a defesa das pedaladas no Tribunal de Contas da União (TCU).

Deu ciúmes

Ex-ministro das Comunicações e atualmente na Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini (PT) fez de tudo para cancelar a cerimônia do Palácio do Planalto que oficializou os valores da migração das rádios AM para FM. Ele chegou a defender que o ato fosse transformado em uma audiência pública. O novo ministro, André Figueiredo (PDT), foi ovacionado pelos empresários presentes ao evento pela agilidade no caso.

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