O governo Temer está metendo a colher na eleição da Câmara e vai articular até o último minuto. A ideia ainda é convencer os partidos aliados a fecharem em um único nome para a presidência. A eleição está marcada para as 16h de hoje e pesadas articulações ainda ocorrerão. Mas diante da proliferação de candidaturas, inclusive do PMDB, parece improvável que o Planalto obtenha sucesso. O cenário mais previsível é um segundo turno entre Rogério Rosso (PSD-DF) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) ou até com Marcelo Castro (PMDB-PI). A articulação política do Planalto, no entanto, trabalha com uma última cartada: tem conversado com presidentes e líderes de partidos, pregando acordo já para 2017. O presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), por exemplo, já teria topado o acordo. PPS e DEM estão na mira. Além de não desejar um racha na base, agora o governo também se preocupa em manter a maioria no plenário, um controle sobre as votações. No Planalto, oficialmente a escolha do nome ficará com os aliados. Mas até a noite de ontem era claro que o preferido era Rosso, aquele que era amigo do Cunha.
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CONVICÇÃO
O deputado José Fogaça (PMDB-RS) votou a favor de Marcelo Castro para a disputa à presidência da Câmara não por interesse em cargos, mas por convicção. Ele defende um nome descolado de Eduardo Cunha e que tenha condições de pacificar os diferentes interesses dos partidos.
– Não podemos ficar reféns da chamada pauta conservadora. Da pauta do Centrão – argumenta.
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