Carolina Bahia: É para levar a sério?

Mais uma comissão da reforma política será instalada e, desta vez, a promessa é de que o Congresso entendeu o recado das eleições municipais – com altos índices de brancos, nulos e abstenções – e vai fazer as mudanças necessárias. É difícil acreditar que um parlamento que até agora se beneficiou das atuais regras tenha vontade de acertar pontos fundamentais, como a redução no número de partidos e a moralização do uso do fundo partidário. No Planalto, no entanto, o comentário é de que o país acaba ficando ingovernável com um Congresso tão pulverizado, com 25 partidos lutando por espaço na Câmara. A meta da nova comissão é discutir a criação de um fundo eleitoral, cláusula de desempenho e fim das coligações nas proporcionais. Atenção: já há uma ideia de deixar as propostas polêmicas para o ano que vem. A relatoria deve ficar com o deputado Vicente Cândido (PT-SP), integrante da bancada da bola.

Planos

A cúpula do PDT gostaria de entrar em 2017 com o candidato ao governo do Estado definido.

Crise de identidade

Um grupo de 12 deputados do PSB não está confortável com a posição do partido dentro do governo Temer. Nesta semana, eles devem se reunir para discutir a situação. O gaúcho Heitor Schuch afirma que não é base “coisa nenhuma”:

– Quando o PSB é chamado para opinar? – questiona o deputado, que votou contra a PEC do teto.

Dupla identidade

O Planalto está, sim, cobrando fidelidade do PSB porque o partido ocupa cargos no governo e está à frente do ministério de Minas e Energia, com o ministro Fernando Bezerra Filho. Na bancada, também tem deputado que não quer abrir mão de ter um ministério e as portas abertas no Planalto.

Medinhos

Relator das 10 medidas contra a corrupção, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM) começa, nesta semana, a conversar com as bancadas para convencer os colegas a aprovar o texto. O deputado vai esclarecer que alguns fantasmas foram afastados, como autorizar a utilização de prova ilícita e restrição de habeas corpus. Ainda está em estudo se haverá aumento de pena para o caixa 2 com dinheiro de origem ilícita.