O Conselho de Ética da Câmara deve definir na próxima semana o destino de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado do mandato por obstruir as investigações da Operação Lava-Jato e com um pedido de prisão para o ministro Teori Zavascki analisar.

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Por mais incrível que possa parecer, a tendência é que o deputado, que tentou negar suas contas na Suíça, consiga uma pena mais leve. Cunha mantém maioria no conselho e, mesmo a distância, controla a Câmara. Há quem resista, resmungue e aponte as suspeitas gravíssimas de corrupção contra o presidente afastado, porém o fato é que ele mantém aliados fiéis em cargos estratégicos da Casa e nas lideranças de partidos.

Os desafetos de Cunha têm esperança no Supremo Tribunal Federal (STF), ciente de que ele extrapola nas manobras e interferências nas investigações. A expectativa é de que a Corte acolha o pedido de prisão antes da chegada do processo por quebra de decoro ao plenário da Câmara. Se for preso, está criado o terreno para cassação. Se Cunha for cassado, ele cai nas mãos do juiz Sérgio Moro.

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Na geladeira

Substituído pelo PR na Comissão de Constituição e Justiça, o deputado Jorginho Mello (SC) sabe que só voltará para a CCJ depois da votação de proposta que pode favorecer o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Jorginho fez um questionamento formal ao partido sobre a mudança e não obteve resposta satisfatória.

Concessões

Prestes a completar um mês de governo interino, Michel Temer não deslanchou as prometidas concessões. Seguem no papel os projetos e continuam as discussões sobre taxa de retorno e outros aspectos da modelagem financeira. Há o receio de que atrasem até os leilões dos aeroportos, entre eles o de Florianópolis.

Acanhados

Estados e União ainda estão longe de um acordo sobre a renegociação da dívida. Secretários saíram insatisfeitos da reunião com técnicos do Ministério da Fazenda. Eles, inclusive, vão pedir a prorrogação do prazo que o STF estabeleceu para a negociação, que vence no final do mês. Os Estados pedem que as parcelas que não foram pagas nos últimos meses – em razão de uma liminar – sejam diluídas no contrato.

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