Em no máximo 15 dias, o acordo de delação premiada do empresário Marcelo Odebrecht com a Lava-Jato deve ser fechado. Essa é uma operação considerada complexa tanto pelos procuradores quanto pelos advogados da empresa porque envolve uma grande quantidade de informações, que atingem em especial lideranças políticas dos principais partidos, como PMDB, PSDB e PT. De Michel Temer, passando por José Serra a Dilma Rousseff, todos foram citados de alguma maneira. O volume de dados é tão grande que procuradores se dividiram em diferentes grupos para analisá-los. Quem acompanha o caso de perto garante que o impacto no mundo político será proporcional ao tamanho da empresa. Um escândalo que atingirá o financiamento de campanhas e governos também nos Estados. A expectativa dessa delação está tirando o sono de muita gente poderosa.
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Contrapartida
A palavra mágica para os procuradores que negociam a delação com Marcelo Odebrecht é contrapartida. Quando o empresário repassa a informação que determinado político ganhou dinheiro para caixa dois de campanha, os investigadores querem saber qual foi a moeda de troca.
Hora do carinho
O Planalto mantém a expectativa de um placar entre 58 a 62 votos pela aprovação do processo de impeachment, na sessão do Senado que começa amanhã. Se isso se consolidar, é mais do que o necessário para essa etapa e o suficiente para o julgamento final. Mesmo assim, emissários de Michel Temer continuam trabalhando em busca de votos. Como lembra um integrante da articulação política, “muitos querem carinho”.
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Tudo junto
O governador Raimundo Colombo estará em Brasília amanhã, no dia da votação processo de impeachment no Senado. A agenda, no entanto, diz respeito a ações na área de infraestrutura, como a reunião com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em busca de novos financiamentos. Também está prevista para esta semana votação do projeto da renegociação da dívida dos Estados com a União.
Fica, vai ter janta
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cogita promover jantares em sua residência nas quartas-feiras à noite na tentativa de assegurar quórum para votações nas quintas pela manhã. A estratégia é herança de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).