Alvo de 11 inquéritos no Supremo Tribunal Federal, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ganhou um fôlego. O STF já tem votos necessários para aprovar o óbvio: que um réu não pode ocupar cargo na linha sucessória da Presidência da República. Mas o ministro Dias Toffoli quer mais tempo para estudar o caso. Era exatamente o que o Planalto precisava. Neste momento, o ideal para o governo é que Renan não se considere pressionado ou perseguido, levando adiante o compromisso de agilizar a votação da PEC do teto. Ele ainda não é réu, mas poderá ser julgado em breve. Como no meio do caminho ainda tem o recesso de final de ano, tudo indica que o peemedebista conseguirá encerrar o mandato à frente da presidência. A mudança no comando do Senado ocorre em fevereiro. Acusado de ter as despesas pagas por uma empreiteira, Renan já precisou renunciar à presidência da Casa uma vez, em dezembro de 2007. Na época, com o apoio do então governo Lula, ele escapou de ter o mandato cassado.

Continua depois da publicidade