A ideia da criação de um novo partido voltou a ser discutida por políticos descontentes com os rumos do PT. Na bancada federal, há quem aposte na existência de pelo menos 35 nomes dispostos a fundar uma nova sigla, caso a atual diretoria não promova um encontro nacional ainda em dezembro para a troca do comando nacional. Essa é a ala mais radical do grupo Muda PT, formado por militantes de diferentes Estados, inclusive pelos deputados gaúchos.
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Dentro deste grupo, porém, nem todos ameaçam com o desembarque. O deputado Paulo Pimenta (RS), por exemplo, prefere uma mudança negociada dentro do próprio PT. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ex-governador Olívio Dutra fez duras críticas aos rumos da legenda, mas afirmou que do PT não sai. Quem já articula a fundação de um novo partido prefere se manter nos bastidores, mas não esconde o motivo:
– Não temos que pagar pelos erros dos outros.
Água na fervura
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O ex-presidente Lula tem chamado deputados federais descontentes para conversar. Ainda nesta semana, haverá mais uma rodada em São Paulo. Na sexta-feira, a reunião da Executiva Nacional será decisiva.
Vigor
A lista de ministros do governo Temer enrolados com a Lava-Jato só aumenta. E o presidente, que defende o combate à corrupção “com vigor”, prefere minimizar o desgaste, dizendo que as denúncias envolvendo ministros e aliados, por enquanto, são simples alegações.
Folgados
Em reunião com líderes de partidos na Câmara, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) elevou o tom para assegurar quórum durante essa semana. Um dos deputados chegou a argumentar que não estava “combinado” a presença hoje, em plena quarta-feira. Relator da PEC do Teto, Perondi precisa garantir 51 deputados em plenário até a sexta-feira, contando sessões para a votação da PEC na segunda-feira.
Convicção
A uma semana do segundo turno da votação da PEC do Teto, a tendência da deputada Carmem Zanotto (PPS) é manter o voto contra a medida. Embora o seu partido seja da base de apoio do governo, ela teme que o setor da saúde sofra com a falta de recursos, em especial a partir de 2018. Ela mesma reconhece, no entanto, que o tema ainda será debatido na bancada.
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