O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) virou oficialmente um zumbi. Tanto a eleição para a presidência da Casa quanto o resultado da votação da Comissão de Constituição e Justiça são provas de que ele perdeu o poder na Câmara e está sendo discretamente abandonado pelo Planalto. A cassação do mandato é apenas questão de tempo. Resta ao peemedebista um pequeno e fiel grupo de defensores, que certamente se lixa para as cobranças do eleitorado. Mas na hora da votação do processo em plenário – com voto aberto – a expectativa é de que ele será cassado por ampla maioria. Relator no Conselho de Ética, o deputado Marcos Rogério (DEM-RO) acredita que a cassação possa ocorrer ainda no início de agosto, logo depois do recesso branco. Disposto a mostrar trabalho, o novo presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não terá como adiar a votação. Aliás, dentro da bancada do DEM, ele já comentou que não vai segurar. Para virar a página, a Câmara precisa encerrar de vez o capítulo Eduardo Cunha.
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Quem vai primeiro?
Eduardo Cunha vai recorrer ao STF no início de agosto, tentando ganhar tempo e impedir que o processo de cassação seja votado no plenário na primeira quinzena do mês. Não quer ser cassado antes da votação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado.
Simples
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Para conquistar o apoio do deputado Jorginho Mello (PR-SC), Rodrigo Maia se comprometeu em colocar em votação o projeto do Supersimples, que beneficia micro e pequenas empresas e que já passou pelo Senado. Mello conta com a votação ainda em agosto.
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Recados
O presidente interino, Michel Temer, aproveitou a reunião com presidentes de Assembleias Legislativas para fazer uma forte defesa da reforma da Previdência. Ele também acenou com uma nova rodada de conversas sobre pacto federativo, mas se o impeachment for aprovado pelo Senado.
UNE
Anulada por Waldir Maranhão, a CPI da UNE será recriada. O deputado Nelson Marchezan (PSDB-RS) avisa que deputados vão recorrer ao plenário para que a comissão de inquérito seja instalada no segundo semestre.
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