Às vésperas da conclusão do processo de impeachment no Senado, a presidente afastada, Dilma Rousseff, e o PT estão ainda mais distantes, cada um tratando de salvar a própria pele. Ela quer preservar a biografia e trabalha na tal Carta aos Brasileiros. O documento falará em soberania popular, mandato legítimo, antecipação de eleições, reforma política e até resgatar o velho lema do “Petróleo é nosso”. Assuntos que agradam militantes e simpatizantes, dando a impressão de que ela não joga a toalha. Alguns destes pontos servem de discurso para o PT, mas o partido está mais é preocupado com a sua sobrevivência. A legenda de Lulaaproveita as reformas propostas pelo presidente interino, Michel Temer, para reerguer antigas bandeiras, voltando às origens, aos tempos de oposição. Presidente do partido, Rui Falcão, nem quer mais saber em falar em novas eleições. Só o que une Dilma e o PT, agora, é o conveniente discurso do golpe.

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Hora da prova

Há uma semana, em entrevista exclusiva ao Grupo RBS, Temer afirmou que estava preparadíssimo para as vaias na abertura das Olimpíadas. Com segurança reforçada e monitoramento das redes sociais, o dia da prova chegou. E não vale disfarçar.

Em alerta

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Figura central da Lava-Jato, o juiz Sérgio Moronão esconde preocupação com os rumos da delação premiada. Em entrevista à Rádio Gaúcha ele defendeu o debate do tema no Congresso. Há consciência de que importantes forças políticas sonham em modificar a lei. Parlamentares do PT e do PMDB, por exemplo, andam juntos nessa.

Tietou

Relator do projeto das medidas anticorrupção, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) levou Sérgio Moro ao gabinete do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No rápido encontro, Onyx aproveitou para reforçar que Maia se comprometeu a votar as medidas até dezembro. No final, o presidente da Câmara não resistiu e pediu para fazer uma selfie com o juiz.

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Pulando do barco

Envolvido na Lava-Jato, sob acusação de ter recebido propina do Petrolão, o ex-deputado Cândido Vaccarezza (SP) informa à coluna que deixa o PT na próxima semana. Ele não adianta qual será a nova legenda, mas pretende concorrer em 2018: — O PT foi se afastando de mim e eu do PT nos últimos seis anos, desde que Dilma se elegeu. Vaccarezza foi líder do governo na Câmara nos mandatos de Lula e de Dilma.

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